Com o avanço da vacinação de jovens e adolescentes no País, alguns estados já começaram a se mobilizar para tornar obrigatório o retorno às atividades totalmente presenciais nas escolas. No Rio Grande do Sul, a expectativa é de que isso ocorra em novembro, ainda que não seja uma questão completamente definida pelo governo do Estado. Conforme a assessoria da Secretaria Estadual de Educação, o tema ainda será discutido por técnicos da administração estadual. Atualmente, o RS segue tanto o modelo presencial quanto o híbrido para as redes estadual, municipal e privada.
A prefeitura de Porto Alegre retomou o segundo semestre de ensino de forma 100% presencial. Porém, o modelo ainda não é obrigatório, pois, se decidirem, os alunos podem retirar o material didático nas escolas nas quais estão matriculados, para realizarem as tarefas em casa.
Segundo a pasta a educação, cerca de 90% dos alunos da rede retornaram ao ensino presencial, o que corresponde a cerca de 60 mil alunos entre educação infantil, fundamental e médio. Todos seguem os últimos protocolos editados pelo governo do Estado, como distância mínima de um metro entre os alunos, uso de máscaras e álcool gel e ambientes ventilados.
Na rede privada, o modelo híbrido (presencial e remoto) ainda segue sendo usado. Porém, conforme o último balanço do Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe), sete em cada dez escolas estão recebendo todos os alunos em sala de aula – os dados correspondem aos mês de setembro, com 96 instituições de ensino.
Um decreto, editado ainda em agosto pelo governador Eduardo Leite, diminuiu de 1,5 metro para apenas um metro a distância entre as classes, o que aumentou a capacidade das salas em receberem os alunos. Todas devem manter também o uso obrigatório de máscaras, álcool gel e a ventilação de ambientes fechados.
Em São Paulo, por exemplo, as aulas presenciais obrigatórias irão começar já na próxima segunda-feira. Já em Minas Gerais, a medida é cogitada ainda para 2021, ainda sem um mês definido.
No momento atual, a imunização de adolescentes contra a Covid-19 tem andado de maneira desigual. O Estado aplicou a primeira dose em 50,8% da faixa etária entre 12 e 17 anos, mas remessas específicas para este público ainda não chegaram e campanhas ficaram ainda mais dependentes de planejamentos municipais.