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Mundo

Parte de foguete da SpaceX se chocará com a lua no início de março

A colisão deve provocar uma cratera, que poderá ser observada por cientistas

O Sul
por  O Sul
27/01/2022 22:20 – atualizado há 1 ano
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O segundo módulo de um foguete da SpaceX que decolou há sete anos se chocará com a lua em março, segundo especialistas que recalcularam a trajetória dessa estrutura, que ficou flutuando no espaço.

O foguete foi utilizado em 2015 para colocar em órbita um satélite de observação climática da Terra, o Deep Space Climate Observatory (DSCOVR). Desde então, o segundo módulo utilizado para impulsioná-lo flutuou no cosmos em uma órbita chamada “caótica” pelos matemáticos, disse Bill Gray, o astrônomo que descobriu a nova trajetória.

Decolagem do foguete SpaceX Falcon 9 que lançou o satélite DSCOVR de Cabo Canaveral, na Flórida, em fevereiro de 2015

O objeto passou bem perto da lua no início de janeiro, o que mudou a sua órbita, explicou o responsável pelo Projeto Plutão, um software que permite calcular as trajetórias de asteroides e outros objetos, usado por programas de observação financiados pela Nasa.

Uma semana depois, o especialista conseguiu observar novamente partes do foguete para perceber que elas se chocariam com a face oculta da lua em 4 de março. Depois de lançar um apelo à comunidade de astrônomos amadores para fazer novas observações, os dados foram confirmados.

A hora e o local precisos ainda podem mudar em minutos e quilômetros, mas a colisão é certa. “Tenho rastreado detritos espaciais como esse há cerca de 15 anos, e esse é o primeiro impacto lunar não intencional”, disse Gray.

A queda desse objeto de aproximadamente quatro toneladas não será visível da Terra quando ocorrer. A colisão deve provocar uma cratera, que poderá ser observada por cientistas mais tarde, em particular pelo Lunar Reconnaissance Orbiter da Nasa ou pelo Indian Chandrayaan-2, lançando uma nova luz sobre a geologia lunar.

Esses impactos lunares não planejados podem se multiplicar no futuro, de acordo com Gray, especialmente devido aos objetos que os programas lunares dos EUA e da China deixarão em seu caminho.

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