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Política

Entenda como são feitas as pesquisas eleitorais

Um ponto importante dos levantamentos é a amostragem: a escolha do grupo de pessoas com características que representem toda a população

O Sul
por  O Sul
16/08/2022 21:28 – atualizado há 1 ano
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Pouca gente já teve a oportunidade de ser entrevistada nas pesquisas eleitorais e ver como são os questionários e como são feitas as perguntas. Isso porque a ciência estatística permite que os institutos ouçam pouco mais de 2 mil pessoas para encontrar um retrato da opinião de milhões de eleitores naquele momento.

Os levantamentos eleitorais são caros, por isso, normalmente os institutos de pesquisa são contratados por empresas, veículos de comunicação ou partidos políticos. As pesquisas precisam ser registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em até cinco dias antes da divulgação.

O primeiro passo das pesquisas é a definição do questionário, das perguntas que serão feitas aos eleitores. Um ponto importante dos levantamentos é a amostragem: a escolha do grupo de pessoas com características que representem toda a população.

“Uma pesquisa não precisa ouvir mais do que 2 mil pessoas. Às vezes, pode ouvir apenas 1 mil pessoas para representar o total dos eleitores brasileiros, desde que essas entrevistas sejam distribuídas de forma proporcional às encontradas junto à população”, explicou o comentarista político Mauro Paulino.

Por exemplo, se a população brasileira tem 53% de mulheres e 47% de homens, a amostra também precisa seguir a mesma divisão. A mesma lógica vale para religião, idade, renda, tipo de cidade, região do País etc.

Normalmente, os entrevistados são escolhidos por sorteio. O instituto de pesquisa nunca pode escolher quem será o entrevistado nem o entrevistado pode se oferecer para responder à pesquisa. Precisa ser algo totalmente aleatório.

“Muita gente diz que não conhece ninguém que tenha sido o entrevistado. Isso se dá porque, na realização de uma pesquisa eleitoral, com 2 mil a 2,5 mil pessoas, a probabilidade de o eleitor ser entrevistado é de 0,002%. É a mesma coisa que acertar a Mega-Sena. Mas o importante é que todos os eleitores tenham a mesma chance de serem entrevistados”, afirmou Paulino.

Como são as entrevistas

Nas pesquisas presenciais, os entrevistadores levam um cartão circular com os nomes dos candidatos. O cartão é circular para que o entrevistado não veja nenhum nome de candidato antes do outro — assim, todos ficam em pé de igualdade –, e o eleitor não é induzido a fazer uma escolha, como poderia acontecer se a lista fosse em ordem alfabética ou qualquer outra.

Quando a pesquisa acontece por telefone, isso não é possível. Então, o entrevistador lê a lista de candidatos, provavelmente fazendo um rodízio por onde começar, para não começar sempre pelos mesmos.

Margem de erro e nível de confiança

Se existisse um instituto de pesquisa capaz de ouvir 100% dos eleitores, não seria preciso falar em margem de erro ou nível de confiança. Mas, como usam amostras de eleitores, é preciso considerar que pode haver pequenas variações naqueles dados encontrados nos levantamentos.

Então, a margem de erro e nível de confiança são limites de precisão das pesquisas. A margem é o máximo de erro que uma pesquisa pode ter. Por exemplo: se um candidato aparece com 20% das intenções de voto, e a margem de erro é de 2%, esse candidato pode ter entre 18% e 22% das intenções de voto.

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